sábado, 4 de fevereiro de 2012


Por muitas vezes desejei que minha vida fosse como uma daquelas historias em que a fantasia predomina. Onde eu seria a protagonista e viveria as mais diversas aventuras. Onde eu amaria um certo príncipe encantado e ele me faria sentir única e incrivelmente amada. Eu imaginei que assim como nos livros de romance eu experimentaria o sabor do desconhecido e navegaria por novas terras distantes. Não vou negar que idealizava ao extremo. Costumava viajar em pensamento, voar alto e cada vez mais longe, mesmo estando acordada, eu sonhava com algo diferente e que aconteceria somente comigo. Só não me pergunte em que momento eu cai na realidade. A queda foi drástica e dolorosa, afinal, eu estava cega para um mundo inexistente, um mundo que eu havia criado e mesmo sem perceber estava começando a crer que ele era real. Quem me dera se fosse. Quem me dera se essa realidade em que vivo fosse a ilusão. Mas o curso das coisas não são assim, não invertem. A opção que resta é abrir os olhos e enxergar as coisas como elas realmente são. Talvez  doa menos se cercar desse tipo de artifício. Talvez tentar evitar um pouco a dor que a vida real traz envolta em livros e filmes no final das contas seja outro jeito de ver o mundo, seja o meu jeito de evitar decepções e mágoas. Talvez, seja o melhor jeito de encarar essa vida tão caótica e sem sentido. Por que no final, quem vai dizer o que é certo ou errado? Quando a realidade se mistura com a ficção ninguém pode simplesmente distinguir qual das duas é a pior ou melhor, ninguém nunca soube, ninguém nunca vai saber.̀̀̀

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